Atualização de Resistência Popular: 22/11/2014 até 28/11/2014
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Atualização de Resistência Popular: 22/11/2014 até 28/11/2014

Em Jerusalém, os confrontos diários com as forças de ocupação israelensescontinuaram na cidade velha, Shu'fat, Monte das Oliveiras, Silwan, Al Isawiya, Beit Hanina, Athouri, campo de refugiados Shu'fat, Sur Baher e Jabal Al Mukaber.

 

Desde julho deste ano seis palestinos foram mortos e 900 presos em Jerusalém. Somente no mês de novembro, 111  pessoas foram presas em Jerusalém, além de milhares de feridos.

 

Após o fracasso de Israel em parar os protestos e manifestações, agora impõe uma série de medidas de punições coletivas contra os palestinos em Jerusalém. A ocupação israelense força as entradas das aldeias e bairros com grandes blocos de cimento com a presença da polícia. 5 balões com câmeras de vigilância pairam sobre a Al Isawiya, Monte das Oliveiras, Shu'fat, Silwan e Jabal Al Mukaber. A polícia e os cobradores de impostos estão nos postos de controle na maioria das entradas das vilas, centenas de policiais e forças especiais estão atuando nas principais ruas e na cidade velha.

 

A mesquita de Al Aqsa está fechada a maior parte do tempo do dia para os muçulmanos. A polícia está em todas as portas que dão para a mesquita. Somente oradores acima de 50 anos de idade estão autorizados a entrar em Al Aqsa e, além disso, eles têm que entregar suas carteiras de identidade para a polícia durante o tempo que eles estão dentro da mesquita. Isso significa que as pessoas constantemente se preocupam se a sua carteira de identidade ainda estará lá ao sair ou se eles serão chamados para interrogatório. As invasões quase diárias de colonos e grupos religiosos fanáticos continua inabalável. Forças de ocupação israelenses acompanham estes grupos em suas invasões à mesquita e provocam confrontos regulares no entorno da mesquita.

 

Etapas mais opressivas estão sendo preparadas pelas autoridades de ocupação contra as pessoas envolvidas nas manifestações. Propostas de lei que permitiriam uma pena de 20 anos na cadeia por lançar pedras e a deportação de famílias de Jerusalém estão atualmente sendo discutidas no gabinete e no parlamento israelense.

 

No posto de controle Qalandya, as forças de ocupação reprimiram com munição real, bombas de som, balas de borracha revestidas de metais e gás lacrimogêneo, a manifestação de apoio a Jerusalém e pelo acesso à mesquita de Al-Aqsa. Os manifestantes fecharam a rua principal e queimaram pneus durante a marcha até o posto de controle para romper o cerco em Jerusalém. Apesar da repressão pesada, o protesto durou um total de cinco horas. Um número desconhecido de manifestantes resultaram feridos.     

 

Forças de ocupação israelenses suprimiram também as marchas semanais contra o muro do apartheid e contra os assentamentos nas aldeias de Nabi Saleh, Nilin, Bilin, Al Masara e Kufur Qadoum. Ahmed Barghouti, 14 anos e residente de Nabi Saleh, foi baleado com munição real na perna , dezenas sofreram asfixia por inalação de gás lacrimogêneo.

Em Kafr Kadoum, o ativista italiano Patrick Corsi, 30 anos, foi ferido com uma bala no peito disparada pelos soldados de ocupação israelenses. Sua condição é estável. Patrick se recusou a ser levado para um hospital israelense. Ele foi submetido a tratamento de emergência no hospital Rafidia Nablus e mais tarde foi transferido para o complexo médico Palestina na cidade de Ramallah. Palestinos foram feridos por balas borracha revestidas de metal e sufocadas com gás lacrimogêneo.

 

Em Hebron, dezenas de palestinos foram feridos em uma manifestação na entrada da Rua Shuhada. O protesto foi organizado para se opor ao encerramento para palestinos desta rua principal em Hebron. Durante anos, apenas colonos israelenses estão autorizados a andar e atravessar a rua. Ambos, colonos e soldados agiram em conjunto para reprimir o protesto. 

 

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Nota: Optou-se por relacionar os fatos a respeito da resistência popular e de repressão dentro do mesmo resumo. No entanto, deve ficar claro que a repressão não é o resultado de resistência, mas a resistência é o resultado de repressão.

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